sexta-feira, 10 de fevereiro de 2012
...
Me pego pensando em você mais uma vez, me pego mais vazia do que uma rua depois da meia noite. Mas a sensação é só a de que você me deixou…”Ali estava eu deitada na cama, planejando milhares de coisas pra ser durona quando te ver, imaginando as frases mais ignorantes existentes no mundo pra te falar. Tentando uma cena de você e eu juntos, uma cena que eu não vou amolecer esse meu coração, não vou ter um jeito meigo e nem vou ser boa moça com você. Vou fazer questão de lembrar das vezes que me fez chorar, das vezes que me feriu de todos os sentidos, das vezes que me deixou plantada e das vezes que me tratou como opção, quando a outra te deixou, mais uma vez. Eu tô querendo me revoltar extremamente com você, tô querendo avançar no seu pescoço, te dizer as coisas mais horríveis, quero te fazer sentir a dor que derramei em lágrimas, ah eu quero me estressar com você, quero te mostrar que não sou tapada,como parecia ser. Não se esqueça que do mesmo jeito que te acolhi, que te dei total atenção eu posso te pisar,assim como fui pisada, ou digamos que fui destruída por você. Cansei de querer tapar meus olhos pras suas mentiras, cansei de ver só sua perfeição, há deve estar na hora de tirar sua mascara, tirar a sua carinha meiga e sínica da minha frente. O ”amor” que era meu e seu, talvez fosse melhor se não tivesse existido, a esperança só passou e nem parou perto da gente. Diversas vezes passei a mão na sua cabeça, mas já esgotou minha tolerância pra vidinha que você leva, já esgotou a piedade que eu tinha por você…” Então eu agarro no sono, acordo no outro dia e dou de cara com você. E a única coisa que eu consegui fazer foi te chama de amor, mais uma vez, e te puxar pra cama…
quinta-feira, 26 de janeiro de 2012
sou , sou , sou , sou ...
“Sou matemática, sou física, sou química. Sou gelada, sou quente, sou morna. Sou chata, sou legal, sou meio termo. Sou simpática, sou orgulhosa, sou babaca. Sou apaixonada, sou iludida, sou arruinada. Sou força, sou desequilíbrio, sou fraqueza. Sou errada, sou fingidora, sou doente. Sou pesada, sou leve, sou bipolar. Sou mulher, sou animal, sou e.t. Sou organização, sou bagunça, sou desordem. Sou original, sou plágio, sou contra. Sou tempestade, sou sol, sou estrela. Sou princesa, sou fada, sou bruxa. Sou carinhosa, sou bruta, sou violenta. Sou nervosa, sou irritada, sou calma. Sou isso, sou aquilo, sou nada. Sou respeito, sou desrespeito, sou grossa. Sou suportável, sou insuportável. Sou faladeira, sou companheira, sou verdadeira. Sou trovão, sou furacão, sou maremoto. Sou choque, sou barulho, sou trânsito. Sou normal, sou revoltada, sou inconformada. Sou ciumenta, sou desligada, sou egocêntrica.”
quarta-feira, 25 de janeiro de 2012
chorei.
Ontem eu chorei muito. Chorei como há muito tempo eu não chorava. Consegui tirar de dentro de mim aquilo que estava sufocado aqui dentro, há tanto tempo. Mas não saiu tudo, ainda tem muito mais. E eu sofro porque não posso transparecer, não posso mostrar a ninguém o que sinto, o quanto eu sofro, o quanto estou mal. Eu não posso revelar meus segredos, não porque eu não queira. Mas porque as pessoas que estão comigo não tem tempo o bastante para me ouvir, porém tem tempo o bastante para que eu as escute. E eu fico aqui, às vezes eu choro, ás vezes eu grito. Mas sempre sendo cautelosa, para que ninguém perceba que o meu sorriso e a minha força são completamente falsos.
segunda-feira, 23 de janeiro de 2012
Ela soava de um jeito meio despreparado para a vida. Era tão frágil, delicada, mesmo que aparentasse ser tão ríspida e grossa, cuspindo as palavras que lhes viessem na cabeça, mas era como uma pluma por dentro. Uma pluma que voa para longe com uma leve brisa costeira. Para lidar com a moça, era necessário ter uma boa dose de paciência, muita calma e cautela, porque apesar de ser chamada de “um livro aberto’’, ela escondia segredos profundos, que nem mesmo seu mais íntimo ser ousava descobrir. E para magoá-la, não era preciso muitos esforços, apenas algumas frases mal feitas, apenas alguns sussurros ao pé do ouvido, e algumas mentiras ilusórias. Porém, para encantá-la, era necessário menos ainda. Apenas alguns abraços, consolo, uma mão estendida, um sorriso irônico, e a pequena já estava entregue. Era tão tola, mas isto a tornava doce! Seria incoerente dizer que ela aparenta ser tão forte porque gostava de ser, ou porque já era acostumada. A vida a transformou e exigiu dela um pouco de frieza, de noites mal dormidas e um bom livro para descansar a mente. A vida fez com que a pequena se preocupasse mais consigo do que com os outros, a ser a prioridade.Porém, ela também desabava nas noites sem luar, ela também soluçava de dor enquanto permanecia recolhida em seus aposentos. Se parecia com um bebê, que chora por motivos que ninguém sabe ao certo. Ela era uma criança apenas. Tinha muito a descobrir, tinha muitas coisas a aprender, tinha ainda muitos sorrisos à sua espera, mas também, muitas lágrimas para quem sabe, crescer e amadurecer. E enquanto ela não aprende, tenta manter a calma, se recosta sobre o travesseiro molhado e escreve um pouco, para relaxar, para estimular um pouco uma virtude, a paciência.Assim ela aos poucos crescia. Muitos não percebiam, mas lá no fundo de seu peito, brotava aos poucos uma nova menina, com não apenas um jeito forte, mas com um coração novo e sólido.
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